31 dezembro 2006

cansaço é...

Depois de 2 traços de branca, adormecer irremediavelmente no sofá, de cócoras, e abraçada ao meu J.

Também é um tremendo desperdício de dinheiro, portanto hoje isso não vai acontecer...

19 dezembro 2006

infalível

Love is the answer, but while you are waiting for the answer, sex raises some pretty good questions.

Woody Allen

15 dezembro 2006

para ver

no CAM da Gulbenkian.







Consegui espreitar, mas não consegui entrar... as vertigens são horríveis! Mas tá muito bom...

14 dezembro 2006

quem disse isto?...

Nem todas as drogas são boas. Algumas são fenomenais.
Amanhã é sexta-feira!

lista 2

Os 5 hábitos tugas que me IRRITAM

1. tapar os cruzamentos, em hora de ponta - tipo está verde para ti, mas não podes avançar porque um imbecil está no meio do caminho, à espera que fique verde para ele
2. estacionar em segunda fila e tapar 1 ou 2 carros, e só aparecer quando chamas a polícia
3. urinar no meio da rua, ou a um canto
4.deixar o cão fazer cocó em todo o lado e não apanhar
5. cuspir para o chão

Aceitam-se ideias para acções de guerrilha que denunciem e chateiem os anormais que fazem estas coisas, com o objectivo de tornar a nossa vida menos stressante e a deles mais... difícil.

11 dezembro 2006

finalmente?

Dizia-me a R na sexta à noite: "só espero que o Fidel não morra antes do Pinochet...""sim, comparado, é um gajo soft".
E ontem à noite vi a notícia da morte dele. Um dos ditadores mais sanguinários, responsável por incontáveis sofrimentos e pela destruição continuada de uma das coisas mais sagradas de um país - o seu capital humano - morreu finalmente.
Pena que não tenha sido processado mais cedo, que não tenha sido condenado a nada mais pesado do que uma prisão domiciliária de uns meses, antes de ser dado como "senil". Não que, na minha opinião, haja pena suficientemente pesada para pessoas assim. Mas seria melhor que nada, e melhor que a morte com certeza.

09 dezembro 2006

sem título

Sabem aquelas noites em que parece que está tudo a fechar muito cedo? Mal chegaste, o bar fecha antes que tenhas tempo de pedir a segunda bebida. Vais dançar, e quando dás por isso as luzes estão a acender-se e nós estamos animadamente a conversar no mesmo volume, de copo na mão, o ritmo ainda no corpo. Saímos, paramos em todos os miradouros, e procuramos desesperadamente um sítio para mais uma cerveja. Restam os bolos na Ribeira, ou melhor as merendas quentinhas e o ucal de chocolate. Chegas a casa quando o sol já nasceu, e deitas-te ainda a rir das baboseiras que disseste e que ouviste, da cumplicidade nas conversas que não acabam, de como é bom uma noite assim.
thanks sista

e é por isso que noites como a de ontem são tão necessárias

Life is too important to be taken seriously.
Oscar Wilde

06 dezembro 2006

o algodão outra vez

8 e coisa 9 e tal é um dos (poucos) blogs que eu gosto de ler. Faz-me rir (muito), surpreende-me às vezes e outras vezes faz-me cair na real(idade). Como hoje, quando li isto:

Pode-se racionalizar o amor de milhares de maneiras diferentes, justificar friamente porque é que gostamos de quem gostamos - mas isso só é possível depois de já estarmos apaixonados, quantas vezes ficamos frustrados por não gostarmos de quem aparentemente seria perfeito para nós e perdermos a cabeça por alguém que parece errado em todas as moléculas do seu ser.
Está-me cá a parecer que o amor é mesmo um não sei quê, que aparece vindo não sei de onde com uma intensidade que não se sabe porquê.

E pronto. Palavras para quê? Interrogações para quê? Teorias... para quê?

04 dezembro 2006

as 5 músicas que me transportam automaticamente para outro lado

1. Sour times, Portishead
2. Violently Happy, Bjork
3. Riders on the Storm, The Doors
4. Somebody, Depeche Mode
5. Laid, James

top 5s

Este fds vi o "alta fidelidade" e, à segunda, o filme entrou (em mim). Não é nada de especial, mas tem qualquer coisa. A música é boa, os personagens são interessantes, e já achei o John Cusack mais giro... mas pronto.
Claro que fiquei a pensar nos meus próprios top 5, e resolvi pôr alguns aqui, à medida que vão surgindo. A seguir vai o primeiro. Ponham os vossos também, se puderem, porque isto depois vai entrar para um projecto meu no mestrado (anonimamente, claro!).

03 dezembro 2006

thirty something

- do you believe in spirits and so?
- i don't.
- and reencarnation?...
- nope!
- god?...
- definitely not.
- what about astrology?
- of course! you're a scorpio and i'm saggitarius...that's why we get along.

jesse e celine em before sunset

30 novembro 2006

rita catita muito fofita

a rita de 8 anos, que me adicionou uma vez no messenger e que eu aceitei por engano, tem vindo a conversar comigo, quando não está nas aulas... aqui vai a conversa de hoje (pois, não tenho nada para fazer:))

Rita Catita Muito Fofita says:
oi
catarina says:
olá rita!
Rita Catita Muito Fofita says:
ola tas boa?ou tas atrabalhar
Rita Catita Muito Fofita says:
?
Rita Catita Muito Fofita says:
!!!

catarina says:
tou boa e tou a trabalhar
catarina says:
e tu?
catarina says:
não tás nas aulas?
Rita Catita Muito Fofita says:
eu hoje n tive escola
Rita Catita Muito Fofita says:
mas olha se estas a trabalhar eu estou a imcomodar te n e?
catarina says:
não... hoje não tenho muito que fazer
Rita Catita Muito Fofita says:
haaaaaaaa ok
catarina says:
estou aqui a ver coisas na net
catarina says:
e tu?
Rita Catita Muito Fofita says:
o k?
Rita Catita Muito Fofita says:
eu estou tentar ver sites de jogos fx ou coisas deterror
catarina says:
terror? gostas de filmes de terror?
Rita Catita Muito Fofita says:
adoro
Rita Catita Muito Fofita says:
e tu?
catarina says:
eu nãso gosto muito, fico com um bocado de medo
catarina says:
e o que já encontraste?
Rita Catita Muito Fofita says:
aida nd
Rita Catita Muito Fofita says:
*ainda nada
catarina says:
como estás a procurar?
Rita Catita Muito Fofita says:
estou a tentar ver sites
Rita Catita Muito Fofita says:
como por insemplo
Rita Catita Muito Fofita says:
www.terror.com
Rita Catita Muito Fofita says:
mas n sei se da
catarina says:
brrrr
catarina says:
procura só com a palavra "terror"
catarina says:
no google
Rita Catita Muito Fofita says:
hehe bom vamos falar de outras coisas
Rita Catita Muito Fofita says:
ok
catarina says:
conta!
catarina says:
porque não tiveste escola hoje?
Rita Catita Muito Fofita says:
n sei
catarina says:
:-o
catarina says:
não sabes?
Rita Catita Muito Fofita says:
n umja amiga minha disse me
catarina says:
ah...
catarina says:
que sorte, não ter escola, não é?
Rita Catita Muito Fofita says:
yahhhhhhhh
catarina says:
:)
Rita Catita Muito Fofita says:
bue fx
Rita Catita Muito Fofita says:
e os teus filhostao bons?
catarina says:
calma miúda, é só um!
Rita Catita Muito Fofita says:
não gosto que me chamem miúda...
catarina says:
desculpa! eu chamo miúda a toda a gente, é na boa
catarina says:
mas ok, a ti não chamo mais
catarina says:
mas ele está bom
catarina says:
queres ver fotos dele?
Rita Catita Muito Fofita says:
yah
catarina says:
ele tem um blog
Rita Catita Muito Fofita says:
manda
catarina says:
cartaxinho.blogspot.com
Rita Catita Muito Fofita says:
ok
catarina says:
olha e tu não tens irmãos?
Rita Catita Muito Fofita says:
tenho
Rita Catita Muito Fofita says:
1
Rita Catita Muito Fofita says:
com 15 anos
catarina says:
ah que sorte
catarina says:
quando era pequena sempre quis ter um irmao mais velho
catarina says:
mas tenho uma irma mais nova
catarina says:
quando começam as tuas férias? deve estar quase, não?
Rita Catita Muito Fofita says:
olha eu sempre kis ter uma maninha mas tb gostomuito do meu irmozinho
Rita Catita Muito Fofita says:
n sei
catarina says:
tu não gostas muito da escola?
Rita Catita Muito Fofita says:
gostomuito
Rita Catita Muito Fofita says:
olha o teu filho e muito fofo
catarina says:
pois é
catarina says:
:D
Rita Catita Muito Fofita says:
ele vai fazer 3 anos ne?
catarina says:
vai
Rita Catita Muito Fofita says:
eu tenho 8 anos
Rita Catita Muito Fofita says:
vez eu ali na foto?
catarina says:
sim
Rita Catita Muito Fofita says:
sou eu:)
catarina says:
:) já tinha imaginado
catarina says:
tás muito gira
Rita Catita Muito Fofita says:
bigada:$
catarina says:
no blog do miguel tb estou lá, viste?
Rita Catita Muito Fofita says:
yah
Rita Catita Muito Fofita says:
k lindossss
catarina says:
o que gostavas de fazer, um dia?
catarina says:
tipo profissão?
Rita Catita Muito Fofita says:
cantora ou actriz
que fixe! eu tb gosto de cantar
Rita Catita Muito Fofita says:
a serio?
catarina says:
mas acho actriz mais fixe ainda
catarina says:
sim!
Rita Catita Muito Fofita says:
tb acho
catarina says:
;)
catarina says:
força miúda!
Rita Catita Muito Fofita says:
obrigado
Rita Catita Muito Fofita says:
o meu mano ja faz teatro
Rita Catita Muito Fofita says:
quando ele for grande kere ser jornalista
catarina says:
isso tb é muito fixe
catarina says:
tenho vários amigos jornalistas
Rita Catita Muito Fofita says:
yah
Rita Catita Muito Fofita says:
Rita Catita Muito Fofita enviou-lhe um Clip de Voz que requer a última versão do Windows Live Messenger. Para transferir a última versão do Windows Live Messenger, vá para http://g.msn.com/5meen_us/122.
catarina says:
isto és tu a cantar?
Rita Catita Muito Fofita says:
yah

29 novembro 2006

até os heróis têm prazo de validade

Quando tinha 15 anos achava a Xana (dos Rádio Macau) uma gaja linda, com uma voz espectacular, e cheia de atitude. O facto de ser namorada e mais tarde mulher do Zé Pedro (dos Xutos), sexy e rebelde, só contribuia ainda mais para esse fascínio. Era o tempo das primeiras incursões no Bairro Alto, das primeiras ganzas, e das guerras com os pais.
Hoje continuo a achar a Xana igualmente linda, apesar de o trabalho dela já não me dizer muito. Mas continuo a ouvir Rádio Macau com o mesmo entusiasmo...
O Zé Pedro... irrita-me! Aaaargh! Tem um programa na Radar que me faz mudar de estação mal começa. O genérico é irritante, a voz dele é... pastosa, e as músicas que passa são sempre fora da onda da Radar.
Faz-me pensar porque é que algumas pessoas não têm o discernimento de parar a tempo. Ou de mudar.

28 novembro 2006

a criatividade da indigência

Em vez dos habituais cartões com "tenho 7 filhos, sida e a minha mulher bate-me" ou dos pinheirinhos para o carro, hoje, nos semáforos da Av. de Ceuta, estava um homem a tocar violino.
Terá sido a Câmara de Lisboa, numa iniciativa de Natal inédita? Seria um louco (estava a chover)? Ou isso, ou os nossos indigentes estão cada vez mais criativos... não consigo deixar de pensar quão 3º mundo isso é... simultaneamente bonito e triste.

27 novembro 2006

por menos 15,50€ podemos ser muito mais felizes

Há anos que não tenho tv cabo. A pouca tv que vemos lá em casa não o justifica e, em boa verdade, até há pouco tempo todo o dinheiro era contado :) e não chegava para extras que não interessam. Mas confesso que, de vez em quando, me sentia tentada...
Desde há um mês a viver em casa da minha mãe (tenho umas saudades loucas da minha casa e estou quase a dar em... nisso) tenho tido bastante tempo para ver tv - pelo menos até descobrir aqui uma rede wireless sem password :) - e sinceramente... não é mesmo nada de especial.
O que temos? Há os programas em que se mudam casas, divisões, machos (!) e aquele outro absolutamente grotesco - "extreme makeover" - em que as pessoas mais horripilantemente feias são todas cortadas e coladas e reaparecem no meio de um fumo ridículo em frente a amigos e família, quais fénix renascidas, numa apoteose que me faz corar.
Há os canais de música que não me interessam minimamente (nem quando era miúda via telediscos), há as memórias, áfricas e etc, a comédia onde de vez em quando apanho um seinfeld repetido, mas onde ultimamente aparece muito o benny hill (aaaargh) e onde se apanha com o everybody loves raymond até ao limite do enjoo (para não falar nesses dois dinossauros de plástico, o jay leno e o conan o'brien).
Os canais de notícias são para esquecer (com excepção da sic notícias), é sempre o mesmo comentário foleiro, o iraque, israel, as "human interest stories", uma seca. Para além disso, vejo as notícias logo de manhã online, e à noite quero é relaxar...
Há os filmes... pois. Que nunca consigo ver desde o princípio, nem até ao fim. Os discovery, national geographic e odisseias são fixes e educativos mas... quantos documentários sobre tubarões, répteis ou tribos perdidas é que uma pessoa consegue ver?... Likewise para história e biografias.
Os desenhos animados... é só mangas (aaargh outra vez), pokemons, rangers e cia, e já me cansei das powerpuff girls e do dexter's lab.
E omnipresente, chata, incrivelmente irritante, a Rainha (como li num texto de um dos directores da SIC: "o verdadeiro negócio e razão de ser de uma estação de televisão")... Publicidade. Tentas fugir, mas no canal a seguir lá está ela outra vez. Quando me distraio, dou por mim a ver spots de carros ou pensos higiénicos!
Acho que não vale a pena. Muito menos vale 15,50 €.
Desligar a tv, encher um copo de vinho, pôr uma música... podemos mesmo ser muuuuito mais felizes assim :)

e não é que o chocolate é mesmo bom?

brigadaaaaaaaaaaaa!...

24 novembro 2006

picamiolos I

nada como começar o dia com uma pérola destas... a Picamiolos no seu melhor!

A proposta vermelha está mais adequada à época do ano e a marca fica melhor
enquadrada. No entanto, só consigo ver a Home Page, não consigo ver como ficam os contéudos dentro das páginas nem os titolos dos contéudos na HomePage.
Gosto mais deste pantone, mas isto não significa que este está OK. Devem trabalhar sobre este pantone tornando-o mais claro, ou efectuando o vermelho com o degradé branco ou dourado como fizeram na Homepage. Não sei tem que jogar com estas 3 cores Vermelhos/Dourados/Brancos e coloquem algum efeito gráfico nos pantones, porque como está é muito básico.

NOTA: a Picamiolos é, obviamente, a minha cliente preferida.

23 novembro 2006

há dias em que tudo parece impossível...



e em que o que me safa é a miúda dentro de mim.
resistiré!....

22 novembro 2006

a caminho do clássico

- Catarina, está óptimo! Só tenho uma coisa a dizer, devia ser mais... sexy!
- Mmmm.... acha? Mas... a newsletter... ou eu?!...

21 novembro 2006

preciso de...

cores, cheiros e sabores novos e diferentes.

preciso de andar de carro e ter uma estrada virgem pela frente. de sentir o vento na cara. de falar com desconhecidos. de aeroportos e aviões. de não fazer a mínima ideia do que vou almoçar ou jantar, ou onde, ou com quem. de ficar sentada num banco de uma praça de uma cidade qualquer e ver a vida a passar.

de não dormir. de dormir muito. de não ter email, nem telefone, nem blog, nem nada.

de passear à noite, sem destino certo.

de ouvir línguas que não entendo e falar e não ser entendida. de pedir as coisas com gestos e sorrisos e ser entendida.

de um cartão de crédito com plafond ilimitado. e tempo.

20 novembro 2006

se amas alguém...

diz-lhe! e, não consigo imaginar melhor maneira de o fazer, do que esta
que ideia fantástica.

é no meio que está a virtude!

- mamã, qué ito?
- são as luzes de Natal.
- e o Pai Natal?
- ainda não chegou, está na casa dele a receber as cartas dos meninos. Já decidiste o que queres que o Pai Natal te dê?
- sim! pendas!
- que prendas?
- pendas... médias!

17 novembro 2006

mais um mamaducho que diz coisas com muito sentido

As mulheres complicam a vida dos homens para os obrigar a simplificá-la e a manter acesa dentro deles a chama criadora.

Boris Vian

16 novembro 2006

o lixo dos (não, por enquanto) famosos

Desesperada por não encontrar o carregador do meu telemóvel, e depois de ter vasculhado a minha casa, a casa da minha mãe, as gavetas no trabalho, etc, resolvi procurar no meu carro. Não encontrei, mas tive que fazer várias viagens até ao contentor do lixo (não tinha sacos) porque encontrei o seguinte: 9 (nove) garrafas de água quase todas meio cheias, 5 delas de 1,5 litros, 1 garrafa de água das pedras, inúmeros papéis não identificados, várias multas da emel, um cabide, um leão de plastico, uma embalagem de filipinos com um filipino meio derretido lá dentro, várias revistas, correio por abrir (mas daquele que não interessa, i.e. catálogos da la redoute e revistas do ACP), um balão da pizza hut, uma bola de basquete em miniatura, duas geleiras, um chapéu de sol, um saco cheio de brinquedos de praia e uma tenda (!). Ah, e um livro da carochinha (mesmo).

Do carregador, nem pista... desapareceu. Amanhã vou ter que comprar um novo (aposto que no dia a seguir o antigo aparece). O que me chateia MESMO é que é a segunda vez, numa semana, que o carregador desaparece. Mas desta vez, já procurei em TODO o lado!

Quando fechei o carro olhei para ele e, coitadinho, tá mesmo mal tratado... a borracha que sela o vidro da frente voou, mas continua a estar lá a fita cola castanha que pusemos para aquilo não estar sempre a bater no tejadilho. Tem um ar estropiado, e faz um barulho esquisito quando se trava. Ou seja, decidi que amanhã vai para a oficina, e que não vou esperar pelo Natal para comprar um carro novo.
E prontos.

Já agora, digam-me... o vosso carro também acumula lixo e coisas assim?...

14 novembro 2006

complexo calimero

Mais uma luz reveladora incide hoje sobre esse fascinante (e porventura enigmático) período da história de Portugal que foi o "reinado" de Pedro, o Breve.
Trata-se das impressões que a criatura, ela própria, tem e teve sobre os 6 meses em que foi Primeiro-Ministro, sob a forma de livro e com o título "Percepções e Realidade", lançado ontem.
A realidade sabemos qual é - vivêmo-la intensamente, com os seus episódios hilariantes e crises de alcova. Em relação às "percepções", e às do autor em particular, parecem ser mais uma teoria da conspiração que envolve Sampaio, Cavaco, o Professor Marcelo, a Ferreira Leite e a Irmã Lúcia. Fiel à sua personagem, PSL continua a superar todas as caricaturas que lhe poderiam ser (e foram) feitas.
Leitura obrigatória para aqueles que, vivendo alheados e sem prestar muita atenção ao que se passa, ligaram uma noite a Tv e viram o Santana Lopes em directo no Telejornal, com o texto de rodapé a afirmar que se tratava do Primeiro-Ministro. Pensando que era uma gralha não ligaram importância e, quando voltaram a prestar atenção às notícias, já todo o episódio tinha passado à História.
Felizmente não passou disso mesmo: um breve episódio que figurará apenas em rodapé nas páginas dos livros de História, tão breve que não fez estragos - a não ser momentâneos, na moral das tropas (pelo menos das mais sensíveis, como eu).

13 novembro 2006

caldas, revisited

É giro ver como as nossas incursões às Caldas têm mudado ao longo dos anos. Do Caldas Late Night aos cozidos e sardinhadas na casa do Benfica, das festas da Faculdade, passando pelas mudanças de casa da Cátia e do Sérgio.
As idas à Foz nos domingos, de ressaca e óculos escuros, depois de mais uma noite a dançar no... esqueci-me do nome. Aquele sítio onde o João tirou os calções e os boxers e mostrou o equipamento a toda a gente :)
Agora são as patuscadas na lareira, os charutos, e a gula pela noite dentro. Os trinta! Aqueles anos que toda a gente diz que são os melhores.
É muito bom ver os nossos putos a crescerem juntos.
E, acima de tudo, ver que há coisas que nunca mudam.





08 novembro 2006

estas são as coisas que eram tuas e agora são minhas





hoje senti-me em falta, porque, desde que te foste embora, ainda não te tinha escrito uma das minhas cartas. da última vez que estive contigo, ficámos em silêncio durante bastante tempo, e tive a impressão que estavas a fazer um esforço para não chorar. tinhas a cara contraída e os olhos fechados, mas também podiam ser as dores... não sei.
fiquei contente, sabes? porque o teu sofrimento acabou, porque sabia que estavas preparado - na medida do possível - e porque senti que não tinhas medo.

tenho pena sabes de quê? de nunca ter arranjado tempo para te explicar o que era isso da internet.

a avó está bem. está lá no vosso alentejo, e apesar das saudades está melhor que aqui em lisboa. podes crer que a gente toma conta dela.

tenho saudades mas sinto que vais estar sempre comigo. nem que seja nas cantigas do mica e na alegria da madalena. e nas orelhas do rodrigo :)

beijinhos avô.

xarabaneca

06 novembro 2006

diz que é uma espécie de magazine

Quem viu ontem os Gatos? Não acham que os gajos se venderam?
Não consegui rir-me, e quando apareceu o Júlio Isidro... foi mau, a sério..
Mas, gostei de uma coisa: o David Fonseca a cantar a sua versão da Mónica Cintra... After all there was another, and without knowing, I smiled...
Muito BOM!

05 novembro 2006

conversa de café

- Em princípio, para o ano, vamos casar.
- ... ca-sar?!...
- Sim!
- ... [cara nº 5]
- Queremos... bem, queremos... a L nem queria, fui eu que quis, para, enfim... oficializar uma situação que... bem...
- Ah. Mas, vais casar?! Porquê? Nem eu sei bem porque me casei... mas eu tinha 28 anos e foi a primeira vez. Tu já te casaste uma vez, já te descasaste, e não aprendeste nada com isso? Sabes o que eu acho? Isto é tudo um enorme cliché. Agora vou ter uma madrasta! LOL
- Então e diz-me lá... o que achas da L?
- Outra vez? Porque é que estás sempre a perguntar-me isso?É simpática, tem jeito para os miúdos.
- Ai é? Estou sempre a perguntar?
- Tás.
- É que eu acho que ela se sente insegura contigo, tu não lhe dás muita conversa...
- Achas?... Tadinha... tá insegura. Que pena.
E este bife à antiga? Tava mesmo a precisar de um bife, acredita.

30 outubro 2006

nunca esquecer...



She discovered with great delight that one does not love one's children because they are one's children but because of the friendship formed while raising them.

G G Marquez

isto aqui não é um filme

Tempo incrível este fds, calorzinho, noite de verão... adoro lisboa :)
Mas, uma coisa começa a chatear, porque tudo o que é demais enjooa. Estou a falar dos turistas, isto está a começar a ficar parecido com Barcelona, porque agora, para além de tudo (uns mais irritantes que outros, enfim) temos uma espécie que é o pior turista de todos - os americanos "alternativos". A sério, reparem quando puderem. Concordo com a Danone, não há pa-ci-ên-cia.
Tudo é "sooooo exotic", "like soooo much more interesting than spain!!!" oh my GOD!!!""We went to a bullfight and i really don't get why it is such a big thing, you know, I mean, it's like as violent as an action movie""totally dude"
ERA MESMO SÓ O QUE ME FALTAVA ;)

Acho que estou a ficar xenófoba [suspiro]; se calhar o melhor é mesmo emigrar durante uns tempos para ver se isto me passa. Porque ando mesmo com killer instincts em relação aos estrangeiros--

26 outubro 2006

oquestrada

www.oquestrada.com

Eu quero um CD destes gajos... são lindos, vejam o vídeo no site deles. Não paro de ouvir. A mistura de crioulo, francês e tasca do Chico tocou-me, não sei porquê. E quero ir ver um concerto também. Quem quer vir?

23 outubro 2006

o mundo inteiro cabe em lisboa



A não perder para quem gosta de cinema um bocadinho diferente... Ontem vi dois, um polaco um bocado sujo e um tuga muito bom, sobre os índios da meia-praia. Já tinha ouvido falar muito deles, mas não sabia bem o que eram. Afinal são uma grande família que acampou ali ao pé de Lagos, há 40 anos atrás, e que agora, apesar de já terem casas de tijolo, continuam a manter o espírito. Podiam ser ciganos, mas não são - são tugas mesmo - sardinhas, vinho, fadinhos, e de conversa fácil com quem apareça.
O programa do doclx está em www.doclisboa.org

22 outubro 2006

cocho-ua-ti

O melhor bolo de chocolate do mundo demora só 20 minutos a fazer, incluindo o tempo no forno. Que, cá em casa (principalmente com o João por perto) é também o tempo que dura até desaparecer ;)

Então é assim, por ordem:

- ligar o forno no máximo
- no microondas, derreter 200 gr chocolate preto com 200 gr de manteiga
- bater 4 ovos inteiros com 200 gr de açucar, e depois juntar a isto a mistura do chocolate
- juntar 200 gr de farinha e misturar tudo muito bem.
- despejar a massa para uma forma previamente untada com manteiga e polvilhada de farinha
- levar o bolo ao forno durante e apenas11 minutos

Et voilá. Não desenformem logo, porque o bolo fica muito mal cozido (tipo mousse, por dentro) e pode desmanchar-se todo.

nham

20 outubro 2006

fear, that creepy bastard

Agora é que vai começar a doer.
As aulas do mestrado este ano são à sexta.... até à meia-noite. Comentário do João quando soube: tou a ver que só te vejo sábado de manhã... de certeza que sais das aulas e vais directamente para o Bairro. Não sei não... é violento depois de um dia inteiro de trabalho, seis horas de aulas seguidas. Mais as leituras que é preciso fazer, os trabalhos para escrever, e os freelas ocasionais. A responsabilidade no emprego também aumentou, e não tenho necessariamente mais trabalho, mas sou responsável pelos resultados do trabalho de muitas pessoas.
E isto tudo tem de ser conjugado com a cena mais importante da minha vida, que é ser mãe do Mica. Não é só fazer o jantar e levar/buscar à escola, é brincar, jogar à bola, ver outra vez os monstros e companhia, e ter aquela paciência inesgotável para as birras dos 2 anos...
O meu pai já está preocupado comigo, perguntou-me se eu achava que aguentava. Disse-lhe que sim, claro, mas... de vez em quando o medo aparece, assim de fininho. Medo que a minha cabeça se enrole toda, e que os nervos me atraiçoem outra vez.
Acho que o truque está em ter um olho no burro, e outro no cigano, :)
Ou seja, não achar que sou a super-mulher porque estou longe disso, mas também acreditar que um pequeno esforço ocasional é o que é necessário agora. E que eu consigo.
Para além disso, ainda tem que sobrar energia para a parte lúdica, que sem uns copos e uns patatis a vida de facto não tem tanta piada!
Uma das razões pela qual estou a escrever isto é para funcionar mais ou menos como um depósito, ou seja, quando estiver prestes a desanimar e a ir-me abaixo, venho ao blog e leio o que escrevi naquele dia em que me sentia capaz de tudo, que é como me sinto hoje. Enxotar o medo é BOM!

STRESSSSSSS!

stresstresstresstresstresstresstress... este fds quero carne, chocolate e sofá. e ganza.

19 outubro 2006

a tv japonesa é um mundo...

surreal. Até a mim me dói, e não tenho tintins!

dia de chuva

Um fenómeno que não consigo entender é a loucura em que o trânsito se transforma nos dias de chuva, como se chovesse dentro dos autocarros e dos comboios. Demorei horas a chegar aqui, e podia estar irritadíssima, mas hoje nada consegue destruir o meu espírito!

17 outubro 2006

o pequeno rectângulo - a outra face

Para quem estranhou o meu súbito acesso de orgulho patriótico no último post, resolvi prontamente escrever este, para que não haja dúvidas ! De vez em quando é bom parar de criticar só pelo prazer que isso dá, e olhar a sério para as coisas, boas e más. Ontem foram as boas - que, como vêem, têm que se procurar em revistas estranhas :). Hoje é a vez das más - para estas, basta andarem de autocarro, ouvirem conversas de café ou falarem um bocado com o vosso avô ou, em alternativa, com a senhora que limpa o vosso escritório.

Não vou responder à letra ao outro senhor, a não ser à primeira frase, e o resto será aleatório.

Vivo num país que tem a maior taxa de crianças internadas em instituições - são neste momento 15 000, das quais apenas 300 estão aptas a serem adoptadas, isto porque os queridos pais não abdicam dos seus direitos (preferindo tê-las internadas, e visitando-as de vez em quando) e porque os tribunais dão SEMPRE preferência à família biológica. Depois há as Joanas, as Vanessas, as Catarinas, abusadas, violentadas e assassinadas. Temos, claro está, uma das maiores taxas de crianças maltratadas no contexto europeu.

Vivo num país onde o abandono escolar ainda durante o ensino básico é assustador, e onde os professores têm a lata de fazerem greve porque agora, entre outras "aberrações", são obrigados a passar mais tempo na escola, em aulas de substituição e de apoio, a fazerem, espera-se, exactamente aquilo que lhes pagam para fazer - ensinar e obter resultados.

Vivo num país onde, a partir de agora, por vontade do Ministro da Saúde, as pessoas que são internadas nos hospitais do SNS passarão a pagar uma "diária" que pode ir até aos 5 euros. Parece pouco, mas considerando que os "fregueses" desses hospitais são muitas vezes pensionistas, facilmente podemos chegar a situações injustas e incomportáveis. Para além de que já pagamos impostos muito altos, que supostamente servem para estes serviços serem gratuitos, universais, e de qualidade.

Onde toda a gente tem um episódio kafkiano para contar, da sua passagem por um qualquer serviço de urgências...

Vivo num país onde é melhor pensar duas vezes antes de accionar qualquer processo em tribunal, pelo tempo, energia, e dinheiro que isso implica... e onde um Juíz do Supremo declara em acórdão que um bom "pai de família" deve utilizar castigos corporais no seu esforço de bem educar os filhos... e talvez também a digníssima esposa.

Onde este ano arderam 72 mil ha de floresta - número considerado "muito bom" ontem pelo Ministro da Administração Interna! Foi uma boa "época", portanto.

Podia continuar, mas não fiz pesquisa e isto é aquilo que me lembrei aqui em 20 minutos... curiosamente, são pequenas "falhas" em cenas estruturais: a família, a educação, a saúde, a justiça e o ambiente. Tudo coisas que fazem com que os triunfos nas nossas empresas me pareçam... pequeninos, quando há tanto tão importante por fazer.

16 outubro 2006

o pequeno rectângulo

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.

Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.

E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.

E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).

Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.

Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.

Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.

E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive -Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.

Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

"Portugal Vale a Pena - Nicolau Santos, Director adjunto do Jornal Expresso in Revista Exportar "

13 outubro 2006

e nao é que...

ontem à noite encontrei a Teresa, aquela da casa de banho do Lux, e LEMBREI-ME dela! Finalmente está resolvido o mistério. UFF. Afinal não sou assim tão mamaducha...

12 outubro 2006

reality check

sou só eu, ou também já repararam que o verão acabou?...

11 outubro 2006

quem te olha de forma estranha?




Aniversário do Lux - começou Fellini, acabou Almodóvar. Esqueci-me de levar roupa para casa da Ana, portanto hoje estou no trabalho de saia às bolas e sapatos vermelhos.
Tirámos fotos em frente a Santa Apolónia ;) antes de entrar. Na fila começámos a ver as personagens, e, beeeem, as pessoas estiveram à altura! Havia um par LINDO, ele um matador a rigor, com aqueles chapéus com umas bolas de lado e tudo, e ela de sevilhana. Havia freiras, padres, gangsters, travestis, vamps, a velha doida das Mulheres à beira de um ataque de nervos, tudo. A produção era tanta que, no terraço, quando vi uma mulher de bata, vassoura e pá a varrer o chão, achei que alguém tinha tido a ideia de vir de Carmen Maura (Que fiz eu para merecer isto?), mas parece que não... havia mais iguais na pista e noutros sítios.
Lindo foi também ouvir as músicas dos filmes, e dançar com o Cardo (calma, amor! o gajo é gay), no terraço, o Piensa en mi... quando sufras, quando llores, también, piensa en mi...
Pelo meio, vodka maçã, ananás, maracujá, laranja e todas as frutas que conseguimos. Morango não havia :(
Eu e a Ana passámos a noite a ir brindar com um par lindo de morrer, vestidos com uns... não sei bem o que lhes chamar, mas pareciam aqueles fatos de banho dos anos 20, todos pretos. Dois gajos, com um ar absolutamente fantástico. Passávamos por eles, sorríamos e brindávamos. Sou tão totó que só quando fomos embora e fizemos o brinde da despedida é que percebi que eles não eram somente um par, mas um casal. Mas demos, todos os quatro, beijos na boca (sendo eles gays, foi a coisa mais pura).
Na fila da casa de banho, uma gaja não parava de olhar para mim. Quando foi a vez dela, puxou-me de repente pelo braço e entrámos as duas no cubículo. Fiquei para morrer, mas nada disso. Era só o ecstasy. Aparentemente, andei com ela na Fac, entrou no mesmo ano que eu, sabia o meu nome e eu... não faço puto de ideia quem ela seja. Chama-se Teresa e é de Évora e de Pintura. Vou perguntar à Inês... Deu-me o mail e insistiu muito para eu ir ver o site dela. Até via, mas esqueci-me do endereço. Este foi o episódio Almodóvar.
Falta contar que dançámos dentro da jaula. Adorei. A Ana diz que vai pôr uma na sala, no lugar onde estava a mesa. Força miúda. Deve ser óptimo jantar dentro de uma jaula enorme com bancos de veludo. A sério.

10 outubro 2006

mamã é cinde-ue-ua...
















- e o papá?
- papá é pince
- e o miguel?
- é anãozinho...

09 outubro 2006

a paixão é poliester, o amor é algodão

Dei com isto no outro dia, numa carta que escrevi à Clara, quando tinha 14 anos:

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(...) e a paixão nunca dá segurança. É arrebatadora, é certo, mas traiçoeira, precisamente porque nunca sabemos de onde vem nem para onde vai; não nos pertence, entendes? Nós é que lhe pertencemos a ela, de corpo e alma.
Falando da cama e do cobertor, mais precisamente. A paixão é um cobertor muito quente, mas quente demais, e muito pesado. Daqueles que temos sempre a certeza que vai escorregar da cama a meio da noite, deixando-nos com frio e destapadas.
O ideal seria um cobertor quente, fofinho, leve, muito leve. Que aconchega a noite inteira. Que se gasta com o tempo, talvez, não sei, como o teu monte de areia. E é sempre bom ter também um lençol por baixo, just in case...
E isso é o amor.
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Fantástico. Hoje não o diria melhor. Posso mesmo dizer que, quando li isto, me reencontrei com uma parte de mim que ficou lá atrás, perdida no tempo.
Como é que eu sabia tanto da vida? Uma pita. Nunca tinha tido um namorado. Acho mesmo que, tirando o Pedro, a minha paixão arrebatadora da Pré, nunca tinha sequer gostado de ninguém. Mas já sabia isto, já sabia o que devia ser o amor, o que era a paixão, como queimava e prendia.

Nem sei sequer se tenho algo a acrescentar. Acho que não.

28 setembro 2006

nomes

Só quando damos um nome a uma coisa é que ela ganha existência. Faz sentido?

Quando uma criança nascia em Roma, era levada junto do pai que lhe dava, naquele momento, um nome, e isso significava que a aceitava como seu filho. Se não a "nomeasse", a criança podia ser criada na sua casa, mas como um bastardo, ou então era dada para adopção.

Hoje, assim que ficamos "grávidos" começamos logo a pensar em nomes para os nossos bebés, e andamos numa desagradável indefinição de Tiago/Mariana/... durante uns meses, até a ecografia revelar o sexo do rebento - ufff. Nessa altura, podemos finalmente respirar de alívio e é quase como se aquela pessoazinha começasse a existir a partir daí.

Há gente que dá nomes aos carros, às bicicletas, aos ipods (!), aos discos rígidos (mac users :)), às guitarras. Nomes para além dos nomes que já têm. E mesmo para as pessoas, que já passaram pela experiência de nomeação à nascença, conseguimos arranjar ainda outros nomes, principalmente para aquelas de quem gostamos muito. São as alcunhas, os nomes de "casa", os diminuitivos que não lembram a ninguém. Tudo para que se tornem mais nossas.

Quando sentimos, também queremos nomear, para podermos, talvez, apoderarmo-nos desse sentimento, de corpo e alma. Se calhar por isso é tão importante que nos digam "amo-te", ou que alguém queira passar a dizer "a minha mulher", ou ainda decidir, com 12 anos, que aquela é a nossa "melhor amiga" (um título, de pleno direito).

Da importância efectiva dos nomes, não sei. Já li um livro brilhante em que um capítulo inteiro era dedicado exactamente a isso, e a pergunta que o autor fazia era mais ou menos assim "Será que os nomes influenciam a maneira como a nossa vida decorre?" A resposta, como não podia deixar de ser vinda de um economista, era, depois de análises várias, estatísticas and so on, um peremptório não. Esta semana na Pública, li um artigo de um antropólogo que defende o contrário, uma vez que um nome é uma projecção dos desejos parentais, que se manifestarão de outras maneiras sobre o rebento, em tudo condicionando e orientando o seu desenvolvimento. A educação, portanto.
Quanto a mim, já me sucedeu, muitas vezes, embirrar levemente com alguém por causa do nome. Só por causa disso.

O meu nome é Catarina.