29 junho 2007

26 junho 2007

música viciante...

segunda contagem decrescente....

para O festival deste Verão. Falo do SBSR claro. Já aqui falei das bandas que lá vão estar e EU também tenho que lá estar. Não sei como é que vou conseguir, porque começa exactamente de hoje a uma semana, e é terça, quarta e quinta. Mas tenho que. Vai ser a puta da loucura.

25 junho 2007

e por falar em evil twin...



Como se seguir a política internacional não fosse já um exercício suficientemente esquizóide, temos agora este par de jarras para nos confundir ainda mais. Para além da necessidade de legendas para saber quem está a debitar - se sua excelência o presidente da república, ou se o primeiro-ministro - digam lá que eles não parecem duendes vestidos pela Maconde...

Mas que tipo de povo é que elege um par de gémeos para os dois principais cargos de um país? Imaginem DOIS Sócrates... ou, pior ainda, dois Cavacos! Ainda por cima, católicos e de direita (gente muito perigosa porque altamente motivada).

Brincadeiras à parte, toda a polémica levantada na última (cimeira? encontro?...) chamemos-lhe reunião, dos líderes europeus, pela Polónia, tendo ou não razão, me pareceu bafienta e podre. Confesso que (como aliás a grande maioria dos europeus, a avaliar pelas sondagens)não ando a par de que Tratado, sistema de votos, ou seja o que for, se discute neste momento na União. Mas trazer para o centro da discussão responsabilidades de guerra seja de quem for, é disparatado e anacrónico, cheira a tablóide, e não serve ninguém - nem os polacos, a longo prazo.

Apelar ao ódio é sempre perigoso... e feio. Tal como estas duas criaturinhas (quando olho para eles penso na História Interminável, ou em algumas personagens do fabuloso Jonathan Strange and Mr. Norrel) é um anacronismo que, se não fosse tão importante, seria talvez cómico. Quantos polacos apoiarão esta espécie de discurso?

22 junho 2007

terapia do dia

Há alturas em que é difícil, muito difícil, viver comigo própria.
Apetece-me saltar para fora da minha pele e fazer coisas que decidi que não ía fazer e dizer coisas que decidi que não ía dizer.
Cancelar as boas intenções.
Imaginar por momentos que estou a milhas da minha vida. E que posso fazer dela o que quiser, sem me preocupar com mais nada nem ninguém.
É uma vontade tão grande que quase rebenta comigo. Tira-me a energia para o dia, faz-me a boca seca, põe-me o coração a mil.

Preciso de um passeio à beira-mar. E de fazer amor à hora de almoço.

Esvaziar este sentimento naquilo que é tangível. O que eu amo aqui e agora. Saltar para fora do sonho, fechar os olhos bem fechados e, depois de alguns momentos, abri-los de repente, deixar-me encadear pela luz. E descobrir que o que eu quero afinal está ali. Bem perto. Só meu.

21 junho 2007

teimosia, ou melhor, persistência taurina

Depois de dezenas de emails em que discutia um assunto com um cliente, eis o email final dele:

OK ! Você é dura de roer :)

Espero por si segunda feira à hora acordada

Atenciosamente,

E...

Cat - 1
Impresário - 0

:D

impresários

É oficial: estou plenamente, realmente convencida que os empresários deste pequeno rectângulo pertencem, quase na totalidade, a duas únicas categorias.

A categoria 1 é a que conheço melhor. Betinhos ou betões (também há uma variante que são os betôncios, mas que felizmente tenho tido a sorte de não interagir muito com), andam a brincar às empresas com o dinheiro do pai, da avó ou da holding do clã. Geralmente têm algumas noções de gestão e/ou macro-economia, mas nenhumas de micro-economia (aquela que dá mais jeito, no imediato, quando se gere uma empresa). Tratam (quase) todos os funcionários como empregados domésticos e não lhes passa pela cabeça que essas criaturas tenham famílias normais, que gostem de viajar e (cruzes!) comprar casas ou carros. Não gostam de discutir "trocos", leia-se, algumas (poucas) centenas de euros, e são geralmente encontrados na zona da Grande Lisboa, nas áreas da comunicação, finanças, e retalho de carros e/ou casas.

A categoria 2 conheço pior (quase exclusivamente pelo que contam amigos e conhecidos), mas acredito que seja muuuuuito mais numerosa. "Negociar" para este grupo de pessoas significa "ver como se consegue enganar melhor o interlocutor". Estes adooooram regatear trocos. Também gostam de menosprezar as habilitações (académicas e profissionais) dos outros - desconfio que seja por, na sua maioria, não possuirem nenhumas. São desconfiados em relação às novas tecnologias e a toda e qualquer ferramenta de comunicação, com excepção do telefone e do fax. Para estes, a melhor maneira de fazer RP é uma almoçarada bem regada num restaurante onde só haja carne e onde cheire imenso a fumo.

Ok, estou chateada. Nota-se muito? Amor, vamos lá... embora.

20 junho 2007

quando o corpo não tem juízo, a cabeça é que paga


sem dúvida, um dos vídeos a guardar dos anos 80. digam lá que não?...

para todas as ervas daninhas...

com tomates. e que odeiem erva-doce.


não é estranho ver a manuela a cantar com a voz do antónio variações?

19 junho 2007

os irredutíveis



Quando era pequena e lia os livros do astérix, fazia-me muita confusão o medo que os gauleses tinham (em especial o chefe abraracourcix) de que o céu lhes caísse em cima da cabeça. Achava aquilo absurdo, porque o céu é levezinho, portanto, mesmo que caia, não faz grandes estragos.

Mas nas últimas duas semanas o céu caiu-me em cima da cabeça... claro que não literalmente, mas através de vários acontecimentos, desapontamentos e desilusões. Com a minha teimosia do costume, e (graças!) estoicismo, continuei o meu caminho com o optimismo que consegui arranjar. :p (dá imenso jeito, o estoicismo e o optimismo).

Mas, quando este fim-de-semana me caiu uma porta em cima da cabeça, foi a gota de água. Não estou a brincar, quase parti a cabeça e só não levei pontos porque a tenho bem dura, como bem sabe quem me conhece. Posto isto, qual a reacção mais acertada:

a) achar que sou muito infeliz e a miúda mais azarada do mundo e arredores
b) porra, universo, se queres dizer-me alguma coisa, DIZ!
c) rir a bandeiras despregadas e preparar-me para a próxima

11 junho 2007

contagem decrescente...



para o sto antónio, grande noite de copos e companhia. Este ano não quero saber de Alfama, nem do Castelo, com os empurrões, as incontornáveis tunas, e as horas à espera dos que se perdem, em esquinas e escadinhas.
Este ano, é para a Bica, e o programa das festas inclui, nas palavras de um residente: "como sempre, vende-se cerveja à porta e é até de manhã..."
Quando o elevador começa a funcionar, o pessoal dispersa. Há é o risco do elevador se desprender (vinha uma notícia há uns tempos no DN). Talvez fosse bom avisar a Câmara para acorrentar o animal.

death of a snail



uindo. brigada dan.

04 junho 2007

Quando não tenho nada para fazer e preciso de desligar o cérebro, gosto de ler livros de culinária. Há quem veja novelas, ou tele-shopping, ou navegue na net (geralmente para ver porno, que também serve para o mesmo). Chamem-me estranha :), mas a verdade é que já passei por outras, e agora é mesmo ler receitas, ou sobre ingredientes, ou técnicas - adoro o meu livro enorme sobre cozinha asiática, e o da Dadá, personagem baiana que faz um bobó de camarão divinal, que já tive o prazer de provar em Salvador da Bahia.

Ontem na Feira do Livro comprei o livro do Chakall, e ainda por cima falei com ele, que estava lá a dar autógrafos. Gajo giro... :D
O livro é demais, tem as receitas mais variadas - desde argentinas, a italianas, passando por algumas especialidades da cozinha berbere - sempre com um toque crioulo que faz a diferença. Tem um menu (supostamente, porque acho que toda a comida o pode ser) afrodisíaco.
Para além das receitas, o livro está cheio de histórias, porque este gajo, além de ser giro e saber fazer comida deliciosa, farta-se de viajar pelo mundo inteiro... é argentino, mas a família dele tem origens galegas, suíço-alemãs, bascas, italianas e indígenas do norte da argentina.

Hoje fiquei a saber que, para além do gaspacho que adoro e que é vermelho, também posso fazê-lo verde e branco. Nham. Vai ser já no próximo fds.

02 junho 2007

guts

Uma equipa de investigadores da Duke publicou esta semana o resultado de um estudo que demonstra que o altruísmo está "hard coded" no cérebro humano. Ou seja, faz parte da nossa natureza, é-nos intrínseco, como o reproduzirmo-nos ou o buscarmos o prazer através do sexo ou da comida. Não é, ao contrário do que seria de esperar e do que muitas vezes se pensa, algo adquirido através da socialização e grau de civilização.

Muitas vezes digo que sou uma optimista porque acredito nas pessoas. Continuo sempre a acreditar, mesmo depois de grandes desilusões, porque me parece que o lado bom está lá e, logicamete, acabará por vencer. Acho que isto é válido para o todo, e pelos vistos parece que até a ciência está a chegar a essa conclusão.

E parece-me que isto indica (mais uma vez) que deviamos seguir mais os nossos instintos... que não são assim tão maus.