hora de ponta
O senhor que costumava estar na Av do Restelo (ao fim da tarde) e no Saldanha (ao princípio da noite) a dizer adeus aos carros que passavam, passou por mim hoje ao fim do dia, perto do Corte Inglês. Já é a segunda vez. Não estava vestido com o seu fato de veludo preto, nem parecia tão aloof como costumava ser. Até tinha um ar normal, apressado a atravessar a rua, de pasta na mão.
Sempre me interroguei se o homem não estaria a fazer uma performance. E sempre me intrigou o facto de NUNCA, nunquinha, ter acenado para o meu carro, apesar de eu lhe dirigir sorrisos e até lhe ter acenado algumas vezes. Foda-se, é que o homem dizia adeus a todos os carros que passavam antes e depois do meu! Também não sei como conseguia estar no Restelo e passado pouco tempo no Saldanha, em plena hora de ponta.
Mistérios lisboetas.
Mas pronto, tinha saudades da personagem - ou se calhar, tenho saudades desse tempo em que passava ali todos os dias :) - e hoje estive quase para o chamar e perguntar o que tem feito, e se não gosta de Opeis Agila azuis.
2 comentários:
já te disse q o homem tem um evil twin! fizeste bem em nao ter falado com ele...
Eu chamo-lhe "o adeus".
Ele está sempre ao pé do El Corte.. mas a "trabalhar" é no saldanha que eu o vejo sempre.
Mistérios, mesmo.. :)
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